sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A palavra inglesa ‘fairy’ [fada] deriva do francês antigo ‘faerie’ e do latim ‘fata’, referindo-se ao destino, no sentido daquilo que nos está fadado. Mas como não vou falar aqui de destino, seguirei a sugestão de R.J.Stewart, estudioso da tradição do Submundo Celta, do qual a tradição feérica é o ramo principal, e utilizar a designação ‘feérico’ [faery] para este povo, contornando não apenas a idéia das fadas como devas da natureza, mas também a idéia de que se trata apenas de pequenos seres femininos.
Na concepção céltica, os seres feéricos são seres viventes que estão a um passo, a uma mudança de percepção, da humanidade. A tradição feérica, nas palavras de Stewart, “é o fundamento de toda espiritualidade, religião e magia. Assim, se quisermos trabalhar para transformar nosso planeta exaurido e abusado, é uma boa tradição para explorar e o reino feérico é um bom lugar para começar.”
Os irlandeses nos legaram o mais antigo documento que tenta explicar a história arcaica do povoamento de sua ilha. Lemos n’O Livro das Invasões que a quarta e penúltima invasão ocorreu pelos Tuatha Dé Danann, o povo da deusa Dana, que trouxeram consigo a religião, a ciência, a profecia, a magia e os talismãs sagrados. Num trabalho magistral, Peter Vallance, estudioso da tradição celta e exímio contador de histórias, nos relata como os filhos da Deusa Dana vieram para moldar a Terra.
Os filhos da Deusa Dana estavam reunidos para ouvir Bride cantar. Com sua voz celestial, ela cantou de um mundo caótico e aterrador, uma terra envolta em águas escuras e repleta de monstros, que se devoram uns aos outros. Aengus, o mais jovem de todos, pediu para ela parar de cantar deste lugar, tirá-lo de sua mente como se tivesse sido apenas um sonho.
Mas Bride havia ouvido a Terra se lamentar a noite toda, porque havia sonhado com a beleza, com a quietude do amanhecer, com a estrela que brilha antes do nascer do sol e com a música celestial de Bride. E porque a Terra havia sonhado com a beleza, Bride decidiu que iria cobri-la com seu manto. Então alguns dos deuses se dispuseram a ir com ela e limpar um lugar para ela depositar o seu manto.
Levando consigo a Espada da Luz, a Lança da Vitória, o Caldeirão da Plenitude e a Pedra do Destino, eles desceram como uma chuva de estrelas, com o objetivo de construir poder, sabedoria, beleza e generosidade de coração para a Terra.
Olhando para baixo, viram a escuridão que envolvia a Terra. Viram o fundo do abismo, onde a vida torturada nascia, crescia e devorava a si mesma sem misericórdia. Então Nuada, empunhando a Lança da Vitória, desceu como uma chama para a escuridão. Assim como os humanos pisam as uvas, Manannan esmagou os monstros, até estar coberto de restos de carne e osso. Nuada girou a Lança da Vitória em torno si, até ela se tornar uma roda flamejante, cujas chamas e chispas transformavam a escuridão, transformando o sangue em carmesin, em vermelho rosada, em esplendor rubiáceo.
Com o espaço limpo, Bride deitou seu manto sobre a Terra. Ele se espalhou como uma chama prateada, fazendo recuar tudo que estava podre. O manto teria coberto toda a Terra, se Aengus tivesse tido paciência para esperar. Mas ele pisou com os dois pés sobre o manto e a chama prateada transformou-se em névoa, que se ergueu à sua volta. Deliciado, seu riso atraiu os demais, que se juntaram a ele na névoa que envolvia a todos e os fazia parecer figuras fantasmagóricas, como em um sonho.
Então Dagda mergulhou as mãos no Caldeirão da Plenitude e tirou um fogo verde, que ele espalhou num gesto de semear. Ao ver o fogo verde, Aengus juntou-o e deixou que passasse por entre seus dedos, fazendo brilhar todas as cores da luz solar: azul, violeta, amarelo, branco, vermelho.
Enquanto Dagda semeava e Aengus brincava com o fogo verde, Manannan viu os monstros exilados esgueirarem-se na borda do manto de Bride. Ao ver os estranhos olhos vindos da escuridão, ele desembainhou a Espada de Luz e avançou em direção ao caos, fazendo-o retroceder. E uma grande onda ergueu-se no oceano, para cumprimentar a espada. Uma segunda vez ele empunhou a espada e uma segunda onda de luz cristalina e espuma ametista e azul se ergueu para cumprimentar a espada. E uma terceira vez Manannan ergueu a espada e uma terceira onda, lenta, contínua, branca como cristal, se formou e desfez, retornando para o mar.
Então Bride ergueu o manto de névoa prateada e os seres brilhantes viram claramente a Terra em que estavam. Era uma ilha, coberta de grama verde, com suaves colinas, banhada pelas ondas incessantes do mar. E decidiram que esta seria sua casa. Aqui eles viveriam e realizariam belas coisas, para que a terra ficasse feliz. Tomando a Pedra do Destino em suas mãos, Bride a depositou na grama e ela imediatamente afundou na terra. Uma suave música se elevou em volta, criando riachos plenos de água cristalina, que desaguavam em lagos calmos.
Estava criado o reino feérico, o mundo primordial, a natureza da qual nosso mundo natural se desenvolveu. E os Tuatha De Danaan reinaram na Irlanda até o advento da quinta e última invasão pelos Filhos de Mil, quando então se retiraram para o interior da terra, onde permanecem até hoje nas colinas ocas.
Habitando o que é conhecido como o ‘outro mundo’, o povo feérico detém os poderes elementais formadores da terra e para quem o mundo humano é apenas um sonho. “Assumindo invisibilidade, com o poder de a qualquer tempo reaparecer em forma humana perante as crianças dos Filhos de Mil, o Povo da Deusa Dana se tornou o Povo Feérico, os Sidhe [proununcia-se 'xi'] da mitologia e romance irlandeses. Por isto que hoje a Irlanda contém duas raças – uma raça visível que chamamos de celtas e uma raça invisível que chamamos de fadas”, escreve Evan-Wentz.
Também conhecidos como o Bom Povo, os Sidhe são formados por vários grupos ou ordens, distintas umas das outras, mas que funcionam como uma coletividade, mais próximo do funcionamento de uma colméia. Possuem uma inteligência uniforme, que encontra sua expressão máxima na figura da rainha ou do rei de cada ordem, os expoentes das qualidades e poderes inerentes a todo o povo feérico.
Os antigos povos celtas concebiam a vida como existindo em três níveis distintos, integrados e presentes em cada ser. Estes três níveis eram os mundos físico, mental e espiritual. “Nas crenças celtas, a verdadeira visão do espírito só pode ser alcançada quando você encontra a harmonia central de corpo, mente e espírito” afirma McSkimming, pois o espírito não apenas existe em planos superiores, mas existe em tudo.
Quando percebemos estes três mundos entrelaçados, fica mais fácil compreender o conceito de ‘outro mundo’, esta dimensão em que vive o povo feérico, como estando dentro e em volta de nós. Somos parte dele e ele é parte de nós. Precisamos apenas deslocar nossa percepção, para entrar em contato com ele. ”Uma vez que realizamos esta mudança de percepção, toda nossa percepção de outras criaturas viventes também muda”, escreve Stewart em The Living World of Faery [O mundo vivo das Fadas

The Fairy-Faith in Celtic Countries

By W. Y. Evans-Wentz

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um exame de algumas tradições mitológicas, com relevância para a ufologia contemporânea
Desde a publicação de Passaporte para Magonia de [Jacques] Vallée tem havido uma crescente consciência de que o fenômeno OVNI pertence a um contexto mais amplo de eventos, que possui um profundo significado mitológico para a espécie humana.

Esse mito pode ser resumido como uma crença em uma fabulosa terra habitada por seres sobrenaturais, que podem e de fato intervêm nos assuntos dos homens. Eles podem “levar” homens e mulheres à sua terra, ou como consortes ou como criados ou ainda para realizar tarefas especiais. Eles podem viver entre os homens por um tempo, mas ao final são chamados de volta à sua pátria. Eles podem ter interesse nos assuntos de indivíduos, famílias ou nações, seja para ajudar ou prejudicar. Acima de tudo eles são poderosos
“An Encyclopedia of Fairies” de Katharine Briggs.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ILUMINAÇÃO

Perante o erro - nosso ou alheio - a Compaixão. Perante o ruído da mente o Silêncio. Perante a hesitação a Abertura Axial. Perante a incompreensão o Avanço Decidido. Perante a desorientação a afirmação da Filiação Eterna. Perante a ingratidão a oferta de si ao Supremo. Perante a competição a consciência da Unidade. Perante o medo a invocação da Luz Maior no Centro do Ser. Perante o ódio o poder do Sol Central. Perante a ambição a consciência do Infinito. Perante a solidão a alegria do Encontro Maior. Perante o orgulho a consciência da Transitoriedade das formas. Perante as sombras o riso da Criança Divina. Perante o elogio a entrega dos actos ao Divino. Perante as promessas de glória a perfeita simplicidade de cada momento.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O 7º raio

" Amados Filhos: No Poder da Sétima Esfera de Luz está a verdadeira transcendência deste plano limitado para o Universo abundante e para novas formas de consciências que se preparam para reencontrar todo o Poder de manifestação. O 7o. Raio traz o Poder da Maestria, a Transmutação do Limite, da Dor e de todas as amarras do passado para que livres possais a cada momento reencontrar um novo caminho na sintonia do Amor e na Fé. Utilizai o Poder da Chama Violeta em ação por 7 dias consecutivos e vereis a manifestação de vossos ideais no plano tri-dimensional AGORA. Amor e Luz, EU SOU Saint Germain"

terça-feira, 18 de outubro de 2011

NO DIA EM K FIZEMOS CONTACTO

Cavalos são mais perceptivos do que nós. Em 5 minutos eles “formulam” a imagem sobre uma pessoa. Agem por si devido ao medo, fome e paixão. O que determina a sua personalidade e o medo são experiências transmitidas pela mãe O cavalo é um animal de manada e precisa comunicar com os outros membros da mesma. Claro que não tem discussões filosóficas. Necessitam apenas de transmitir emoções básicas e de estabelecer uma hierarquia de dominância sem recorrer a violência. O provérbio «Um homem confiante faz um cavalo confiante» é revelador da hipersensibilidade do animal. Os cavalos sentem o estado de espírito do cavaleiro e reagem com ele. Um cavalo ao ser montado consegue aperceber-se, se está a lidar com uma pessoa experiente ou não, em função dos estímulos que este lhe envia e que o cavalo recebe através das células receptoras que possui ao longo do seu dorso, e de todo o corpo. O homem procura comunicar ao apresentar-se pelo toque ou através de palmadinhas. O afagar é outra forma de comunicação com os cavalos e constrói uma relação entre os dois. O acto de tratamento é um exemplo, e quando se monta, muitas das línguas de cooperação estão relacionadas com o tacto.

CAVALOMÁGIKO

Em um de seus cadernos de Leonardo da Vinci escreveu: O unicórnio, através da sua intemperança e não saber como controlar a si mesmo, pelo amor vale a pena para donzelas esquece a sua ferocidade e selvajaria, e deixando de lado todo o medo que vai até uma donzela sentada e ir dormir em seu colo, e assim, os caçadores de tomá-lo pureza força / / supremo poder mágico / cura . Um dos animais mais antigos mitológico, o unicórnio é um símbolo da inocência, a pureza, a cura, alegria e vida. Tendo a forma de um cavalo e dotado de um chifre, é também um símbolo de poder e virilidade.. Assim, o unicórnio é o símbolo da união entre vitalidade e virilidade masculina e feminina paixão e espírito carinho.. Os celtas acreditavam que o unicórnio ensinou que toda ação é a criação, portanto, todos os dias devem ser feitos para contar.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ABRACADABRA

A primeira menção conhecida à mesma foi feita no segundo século depois de Cristo, durante o governo de Septímio Severo, num poema chamado De Medicina Praecepta (em um tratado médico escrito em versos), pelo médico Serenus Sammonicus, ao imperador de Roma Caracala, que prescreveu que o imperador usasse um amuleto com a palavra escrita num cone vertical para curar sua doença: A B R A C A D A B R A A B R A C A D A B R A B R A C A D A B A B R A C A D A A B R A C A D A B R A C A A B R A C A B R A A B R A B ABRACADABRA= Triangulo mágico do teósofos pagãos. o A que dá inicio a palavra Abrahadabra é repetido 5 vezes e reproduzido 30 vezes no triangulo mágico, formando o pentagrama e o Tridente de Paracelso. A palavra deriva do Hebraico, ha-brachah, que significa bênção, e dabra, forma em Aramaico da palavra em Hebraico davar, que significa palavra Outras teorias dizem que a palavra "abracadabra" deriva da união das palavras hebraicas abreg - ad - habra que juntas significam "fulmine com seu raio". Há também a teoria de que "abracadabra" tenha surgido pela união das palavras celtas abra (Deus) - cad (Santo). Uma curiosidade notável a respeito de "abracadabra" é que a pronúncia da palavra é praticamente igual em quase todas as línguas.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

As 7 FADAS do ZECA

Sete fadas me fadaram Sete irmãos m´arrenegaram Sete vacas me morreram Outras sete me mataram Sete setes desvendei Sete laranjinhas de oiro Sete piados de agoiro Sete coisas que eu cá sei Sete cabras mancas Sete bruxas velhas Seter salamandras Sete cega-regas Sete foles Sete feridas Sete espadas Sete dores Sete mortes Sete vidas Sete amores Sete estrelas me ocultaram Sete luas, sete sóis Sete sonhos me negaram Aqui d´el rei é demais

domingo, 26 de junho de 2011

ORIGEM DAS MOURADAS

Origem Julga-se que a lenda das mouras terá a sua origem em tempos pré-romanos. As mouras encantadas apresentam várias características presentes na Banshee das lendas Irlandesas. Também na mitologia Basca, os Mairu (mouros) são os gigantes que construíram dólmens e os cromeleques e na Sardenha podemos encontrar os domus das Janas (casa das fadas). Na Península Ibérica, as lendas de mouras encantadas encontram-se também na mitologia Galega e Asturiana. Na tradição oral portuguesa, as Janas são uma outra variante de donzelas encantadas. Especula-se que o termo moura (moira) possa derivar da palavra grega "moira" (μοίρα), que literalmente significa "destino", e das Moiras, divindades originárias da mitologia grega. Outra corrente indica que a origem poderá vir das palavras celtas "mori", que significa mar, ou "mori-morwen", que designa sereia, provavelmente relacionando as mouras com as ondinas ou as ninfas, os espíritos sub-humanos que habitavam nos rios e nos cursos de água.

MOIRA ENCANTADA

Moiras ou mouras encantadas são espíritos, seres fantásticos com poderes sobrenaturais dos folclores português e galego. São "seres obrigados por oculta força sobrenatural a viverem em certo estado de sítio como que entorpecidos ou adormecidos, enquanto determinada circunstancia lhes não quebrar o encanto". Segundo antigos relatos populares, são as almas de donzelas que foram deixadas a guardar os tesouros que os mouros encantados esconderam antes de partirem para a mourama. As lendas descrevem as mouras encantadas como jovens donzelas de grande beleza ou encantadoras princesas e "perigosamente sedutoras". Aparecem frequentemente cantando e penteando os seus longos cabelos, louros como o ouro ou negros como a noite, com um pente de ouro, e prometem tesouros a quem as libertar do encanto. Podem assumir diversas formas e existe um grande número de lendas, e versões da mesma lenda, como resultado de séculos de tradição oral. Surgem como guardiãs dos locais de passagem para o interior da terra, os locais "limite", onde se acreditava que o sobrenatural podia manifestar-se. Aparecem junto de nascentes, fontes, pontes, rios, poços, cavernas, antigas construções, velhos castelos ou tesouros escondidos

domingo, 10 de abril de 2011

Pensamento

"Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. (…)" Krishnamurti

terça-feira, 1 de março de 2011

A DIVIna NATUReza

A natureza tem 1 Fórmula sagrada: O nº DE OURO, "A DIVINA PROPORÇÃO"
Fibonacci, descobre o "divino " processo físico de crescimento das plantas e animais.
A geometria sagrada da natureza...
1,1,2,3,5,8,13,21,34,55........

Artefactos em papel

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

KHORÁDI a nova raça

O homem é 1 ser revestido de 7 naturezas distintas. O auto-conhecimento, leva-nos à compreensão e vivência, das múltiplas realidades da natureza.

BORBOLETAS

É o símbolo próprio dos adeptos da Nova Era, ou dos "aquarianos.
LAGARTA -CASÚLO-BORBOLETA
ERA ANTIGA-SENTIDOS TRANSFORMADOS-NOVA ERA

domingo, 16 de janeiro de 2011

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PALAVRAS MÍSTICAS

“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.

Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”

ALBERT EINSTEIN (1879-1955)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Novo mundo

The Science of Star Trek, great modern mythology. Star Trek “culture industry”The Star Trek culture industry is a profit-oriented economic and signifying system of cyber-commodities and quasi-automatic generation of products from a computer program-like code.

Natureza alterada...

“Gianna Maria Gatti's book “The Technological Herbarium” (subtitled: “Vegetable Nature and New Technologies in Art Between the Second and Third Millennia”) is a study of 'interdisciplinary' works of art that exemplify the increasing importance of science and technology in artistic creation.

sábado, 16 de outubro de 2010

FADAISMO PÓS-MODERNO

As origens do Modernismo situam-se no niilismo filosófico de Nietzsche que com a morte de Deus obrigava a reinventar o ser humano. Diante da quebra de valores que representou a Primeira Guerra Mundial, um grupo de artistas refugiados na Suíça criou um movimento radical, que o acaso denominou “dada”, contra tudo aquilo que até então era válido.

O pós-modernismo foi o sonho do grande império, a ditadura do efémero, da estetização da propaganda, da inexistência do ser. Mas também da fragmentação do saber em pílulas douradas e fáceis de engolir. A transmissão de conhecimento deixou de ser um objetivo do ensino para ser substituído por experiências e sensibilidades em constante mutação. O mundo deixou de ser ‘factum’ para converter-se em ‘fictum’, simulacro.

O cogumelo de Hiroxima acabou por cobrir quase todo o planeta e sumiu o mundo no pensamento débil do pós-modernismo, com perda do passado e do futuro. Essa radiação de anti-modernismo trocou a ação de pensar pelo culto ao corpo e à tecnologia, renunciando às utopias e ao progresso. Diluiu as ideologias e acabou com a auto superação e o esforço. A verdade passou a ditar-se desde os meios de massas e dos gabinetes de marketing, onde se instalou o poder real

O antídoto da cultura já não faz efeito porque o pós-modernismo rebaixou-a tanto que se confunde mesmo com a incultura.

Para assimilar e preencher aquele enorme vazio deixado pela ‘morte de Deus’, o modernismo tinha ao seu dispor uma alta cultura bem treinada na “forma”. Para remediar o vazio absoluto deixado pelo pós-modernismo não há contingentes intelectuais suficientes, com treino do “formal”, que repensem a humanidade tão rápido como os publicistas a desconstroem O transmodernismo criou algumas condições para isso, como a sociedade organizada em redes de comunicação global, que a pouco e pouco pode gerar um novo e plural pensamento forte, base para um neomodernismo. Mas é urgente pensar se queremos ser nós a reinventar-nos ou aceitamos ‘que inventem eles, e nós aproveitaremos as suas invenções

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FAIRY MAGAZINE

Tudo vai bem, nada vai mal; não há valores, mas há prazer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Silhueta de Elfo

NEVERLAND

1. A ecologia é a ciência das leis da natureza enquanto morada do homem (oikos + logia = morada + ciência).

2. O seu objectivo é conhecer as leis ocultas das degradações, isto é, o princípio do mal como se exprime nos fenómenos de transformação das energias físicas.

3. Como, em geral, e com funda razão, não se atribui mal à natureza, isto é, uma intenção, uma vontade, diz-se que ela não é imoral, mas amoral.

4. Se os ciclos de transformação de energias são alterados, há que supor uma vontade, um agente exterior ou que pode agir do exterior desses ciclos. O homem é, em geral, dado como esse agente. Daqui os protestos contra a indústria ou o engenho do homem.

5. Há dois aspectos pelos quais podemos apreender a noção de lei: a lei física em que se dá a relação constante de certos efeitos com certas causas; a lei metafísica que é a relação de um efeito visível com uma causa invisível ou oculta. As causas, tais como as apreende a Física, sendo físicas são efeitos.

6. As causas ocultas são livres.

7. O homem, enquanto elemento da cadeia natural dos seres, não é uma causa livre ou oculta. Tudo indica, porém, que pode elevar-se acima da natureza e concitar a acção de causas capazes de alterarem os ciclos naturais de transformação.

8. É um erro supor que os ciclos naturais de transformação, porque não são em si a expressão de uma vontade livre de fazer o mal, são, desde o início e no fim, a forma à qual o movimento dos seres deve ser restituído, uma vez impedidos e neutralizados os movimentos de degradação que os ecologistas denunciam. A natureza está contaminada de mal desde o início, porque nela se cumpre um «Crescei e multiplicai-vos» aumentando excepcionalmente de um «Devorai-vos».

9. Não há na natureza a intenção consciente de fazer o mal; a alimentação funciona como um instinto. Na medida em que subimos do reino mineral para o reino vegetal e deste para o reino animal, onde o éter é sangue, começamos a compreender o horror daquela frase que se atribui a Lenine: «As revoluções não se fazem sem sangue; não são para vegetarianos; eu, por mim, prefiro a carne mal passada.».

10. O homem é o centro da natureza e é, por isso, através dele, que se estabelece a relação dos efeitos naturais com as causas ocultas ou vontades livres que constituem a sobrenatureza. Os efeitos dessa relação propagam-se em círculos concêntricos até à periferia indefinida.

11. A ecologia é um aspecto moderno da antiga ciência do homem.

12. A reintegração de todos os seres nos seus princípios primitivos não se limita apenas ao plano que designamos por natureza. Segundo Orígenes, a Ressurreição de Cristo repercutiu-se em todas as esferas cósmicas e metacósmicas.

13. Ecologia sem filosofia é economia stricto sensu.

14. O homem não é, como quer o neo-orientalismo, um elo na cadeia infinita dos seres. É, do nosso ponto de vista, o ponto de vista cristão, o centro de todos os seres criados.

TELMO, António, “Para um Movimento Metafísico de Ecologia”, Filosofia e Kabbalah, Lisboa, Guimarães Editora, 1989, pp. 26-27

Mandrágora qual Andrógino Divino (...) O nome hebraico para as mandrágoras (dudhaim) é formado pela mesma raiz de "amor". Este é outro motivo para que, em algumas partes do Oriente Médio, esta planta ainda seja considerada como afrodisíaco capaz de excitar o amor e aumentar a fertilidade humana.

SERPENTYNE

O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]". "Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga. E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora" - Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

HOMEM MÁGICO

Um dia ele disse:

"Tudo que pertence ao passado tem que ser reduzido ao nada.

As nuvens ficaram concentradas em volta do homem e ele terá que encontrar a sua liberdade, encontrar o seu próprio poder, toda a sua força, a partir deste nada.

A necessidade material externa mudará para uma necessidade da alma. A partir desta necessidade profunda da alma a visão nascerá.

Temos que erradicar da alma todo medo e terror do que o futuro possa trazer ao homem.

Temos que adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro.

Temos que olhar para frente com absoluta equanimidade para com tudo que possa vir.

E temos que pensar somente que tudo o que vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.

Isto é parte do que temos de aprender nesta era, a saber: Viver em pura confiança, sem qualquer segurança na existência. Confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.

Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.

Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites."

EDUCAÇÃO DE FADAS

A Pedagogia Waldorf, fundada por Rudolf Steiner, propõe-se estudar as leis naturais que regem o desenvolvimento do ser humano. São leis universais, porque todo ser humano, por mais individual que seja, segue, devido à sua natureza, certas leis do desabrochar da personalidade. Educar significa então criar condições adequadas e os meios corretos para que ocorra a formação harmoniosa da personalidade. A educação, segundo a Pedagogia Waldorf, deve encaminhar o ser humano para o futuro com capacidades cognitivas, emocionais e espirituais, sendo um ser criativo socialmente pronto para os desafios do século XXI.A Antroposofia busca orientar na educação do corpo como um todo, especialmente, dos braços e das mãos, por serem órgãos mais expressivos do homem e, assim, trabalhando de forma lúdica e artística sua lateralidade, sua orientação espacial, a destreza, a musicalidade e a expressividade de seus movimentos. "Não são, pois, as sentenças morais nem os ensinamentos da razão que atuam nesse sentido sobre o aluno, mas apenas o que os adultos fazem em sua redondeza de maneira visível.A figura do professor é valorizada. Do 1o ao 8o ano de estudo, o aluno tem um único docente, que ministra as matérias básicas. Do 9o ao 12º, surge a figura do tutor. Ele leciona uma das disciplinas e tem o papel de acompanhar de perto o desenvolvimento de seus discípulos. Steiner defende que, nessa fase da vida, é de extrema importância um referencial de autoridade. "Não se trata de uma autoridade vazia, mas calcada na amizade",Steiner combate a Educação massificada e valoriza as características individuais.

Seres ELEMENTAIS

Busca

Procura no próprio ser:

E tu encontras o mundo;

Procura na ação do mundo:

E tu encontras a ti próprio;

Atenta ao pendular

Entre o próprio ser e o mundo:

E se te revelam

Entidades de mundos, no homem;

Entidades de homens, no mundo. Rudolf Seiner

ANTROPOSOFIA

A vidência visionária e o conhecimento (..7..)

Os ciclos de sete anos sobre os quais tenho falado freqüentemente em minhas diversas palestras não são uma fórmula desprovida de realidade: eles correspondem realmente a uma lei da existência. Nosso movimento da Ciência Espiritual acaba de completar um ciclo de sete anos; parece-me oportuno lembrarmo-nos de nossas aspirações, de todo nosso trabalho. Este último não é possível de ser realizado a não ser que as leis internas do movimento espiritual tenham um certo relacionamento com as leis da grande ordem cósmica, que se desenrola em ciclos baseados sobre o número sete. Contamos sete estados planetários , sete etapas dentro dos mundos planetários , etc. Também num movimento como o nosso o número sete tem um certo papel. De certo modo, ao cabo de sete anos as aspirações retornam a seu ponto de partida, depois de se terem incorporado nesse intervalo de tempo com o que foi trabalhado. As aspirações retornam ao seu ponto de partida, mas em um grau superior. Só se consegue alcançar isto considerando a lei interior mais profunda que rege esse tipo de fenômeno.a atividade pensante não depende de se utilizar do cérebro como sendo, por assim dizer, seu instrumento. Onde o pensamento se torna puro, não há participação do cérebro. Ele participa apenas quando ocorre a simbolização. Rudolf Steiner

segunda-feira, 5 de julho de 2010

MOURO ENCANTANDO

http://www.youtube.com/watch?v=e_9cUzqExTM
DOOOOOOOOOOOOO-BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOP

Palavras Druídicas

À Beleza Não tens corpo, nem pátria, nem família, Não te curvas ao jugo dos tiranos. Não tens preço na terra dos humanos, Nem o tempo te rói. És a essência dos anos, O que vem e o que foi. És a carne dos deuses, O sorriso das pedras, E a candura do instinto. És aquele alimento De quem, farto de pão, anda faminto. Miguel Torga

7 Varas tem

7 varas tem, Tem a minha saia nova, 7 varas tem, E ao mais não lhe faz a roda.

sábado, 26 de junho de 2010

ECOLOGIA FRANCISCANA

Na linha de Francisco, o verdadeiro franciscano é chamado a ser um "mundisensor", isto é, aquele que sente o mundo e os seres que nele estão. Este sentir o mundo manifesta-se de três modos:

1. A PRESENÇA: Todo o universo é testemunha da Presença criadora. È importante cultivar o "estar-frente-ao-outro", não de modo impessoal e coisificado, mas numa relação fraternal e comunhão afectiva. Com Deus, com os homens e com a natureza.

2. O OLHAR: Um olhar penetrante e atento, porque a realidade é presença e ausência. Um olhar que não é simplesmente "ver", mas mas que estabelece relações. Um olhar que procura redescobrir o "escutar", porque a natureza "fala"... se não nos deixamos invadir por ruídos e distrações sem fim. Não esqueçamos que o franciscano aproxima-se de todos os seres pela via do afecto e não tanto do conhecimento.

3. A MORAL DA FRUGALIDADE: É urgente abandonar a atitude consumista e a consequente relação com o mundo na linha de posse e de propriedade mais do que de simpatia e contemplação. Somente uma cultura ascética das coisas poderá livrar-nos da civilização do consumismo desumanizante e levar-nos a uma relação mais pessoal, mais livre e mais humana com todos os seres.

Futuro Frágil

Ética da Terra " A ética da terra alarga simplesmente as fronteiras da comunidade( onde as relações éticas têm lugar) para nela incluir solos, águas plantas e animais ou colectivamente : a terra" "A ética da terra modifica o papel do "Homo sapiens" de conquistador da comunidade da terra para simples membro e ciadadão da mesma. Isso implica respeito pelos seus co-membros e igualmente respeito pela comunidade como tal" Leopold 1949

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Santos da casa fazem milagres!

Tomai o exemplo nas irmãs sardinhas. Porque cuidais que as multiplica o Criador em número tão inumerável? Porque são sustento de pobres. "Sermão de St.António aos peixes"